
Uma Jornada Musical - Anos 90
Entre influências e a procura de autenticidade
As primeiras experiências profissionais.
Maria León desenvolveu a paixão pela música desde a adolescência, iniciando uma trajetória como autodidata na guitarra.
Desde cedo, foi influenciada pelos sons que se ouviam lá em casa pelos seus irmãos Zé León e Pedro León, artistas da MPB, tais como Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Caetano Veloso João Gilberto entre outros além do Rock Sinfônico e dos clássicos dos anos 60 e 70, como os Beatles, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, The Doors, entre outros.
Cantoras que foi descobrindo, e que mais a marcaram e inspiraram para escrever canções, foram nomes como Carole King, Carly Simon, Joni Mitchell, Joan Armatrading, Janis Joplin, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Nina Simone, entre outras… e embora não tenha seguido um estilo específico das suas artistas preferidas, essas influências foram essenciais na busca da sua identidade musical, refletindo-se nas suas primeiras composições que expressavam as suas emoções profundas.
Na adolescência conheceu a cantora Nucha no liceu, eram colegas de turma. Com ela iniciou os primeiros passos profissionais no circuito de bares e clubs de música ao vivo, onde durante um par de anos, cantaram juntas em Lisboa e Porto em espaços de música ao vivo.
Maria tocava guitarra acústica as canções de sua autoria compostas em Inglês e português, temas onde juntas cantavam em dueto e em harmonia de vozes. Desta forma, ambas foram consolidando experiência e fazendo-se notar no meio musical português, surgindo as oportunidades e os convites para vários projetos diferentes.
Primeiros passos profissionais …
1984 - Kutchi-Kutchi (Grupo Pop Juvenil) –
Aos 16 anos, surgiu a oportunidade de gravar profissionalmente a convite de Nuno Rodrigues, em dueto juvenil com o grupo Kutchi-Kutchi, gravando um Single e Maxi/single; “Não morra de ciúme “e “Dairundi,” com os músicos da prestigiada Banda do Casaco, com arranjos de Celso de Carvalho e a Produção de Nuno Rodrigues e o emblemático Eng.de Som José Fortes, sendo para ambas, o 1º projeto profissional em que se envolviam dentro do meio artístico Português.
Após a separação do grupo, por volta dos 20 anos, decidem seguir individualmente por caminhos diferentes e perseguir outros desafios.
Um percurso no Pop/Rock Nacional com influências Folk.
Em 1987, Maria entra no registo da Pop-Rock Nacional, recebendo o convite dos Delfins para gravar as back in vocals do álbum Libertação, destacando-se na Baia de Cascais.
A partir dessa colaboração Maria entra no circuito da Pop/Rock Nacional iniciando um percurso dentro da área da Música Moderna Portuguesa, colaborando também com os GNR, nas vozes de apoio dos concertos coliseu do Porto e Lisboa em 1990.
Em 1992 recebe o convite de Francis, para integrar o grupo Ravel, dentro da área Pop/Rock com influências tradicionais, já que conceptualmente Ravel, tinha a característica original de fundir a guitarra elétrica de Francis, de sons mais sinfónicos, com o som tradicional, da guitarra portuguesa.
Dentro do grupo, Maria, destacou-se como cantora e também coautora e letrista do projeto. O tema de mais ouvido dos Ravel, o single de estreia “Toques do Infinito” tendo muito boa aceitação nas rádios nacionais dos anos 90.
Seguindo-se com participações e colaborações com outros artistas como Rui Veloso, Delfins e GNR.
Experiência EUA /Projeto Eddy Quintela ( por escrever)
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Carreira a Solo
2 Álbums de Originais
Em 1999, lança o seu 1.º Álbum a solo pela EMI/Caminhando até ti, com composições e arranjos de Pedro Ayres Magalhães e Produção de Fernando Cunha. Com Caminhando até ti, destacou-se com o dueto com Rui Veloso com o tema de estreia do mesmo nome. Em 2007 edita o álbum Coisas Simples (Zona Musica) com temas de sua autoria e de Pedro Ayres de Magalhães e com a colaboração na direção artística de Rui Pregal da Cunha. A produção é de Fernando Cunha e João Gomes
Agora em 2025, prestes a editar o seu novo álbum – Brumas do Luar-Lisboa, Mar e Alma com canções de sua autoria e Carlos Maria Trindade ( 2 temas) parceria autoral com Rodrigo Leão, Pedro León e Fernando Pessoa. ( Poema Presságio)
A produção é de Fernando Cunha e a direção artística conceptual é da própria.
Setembro/25
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Cantoras que fizeram parte da minha vida...
Carole king, Jony Mitchell, Ricky Lee Jones, Sarah Vaughan, Joan Amatradinhg, Janis Ian, Elis Regina, Nina Simone, Billy Holliday, Ella Fitzgerald... entre outras...
Mas falo aqui provavelmente nas principais para mim, mulheres lindas, talentosas, sensíveis e fortes, ou frágeis cheias de penas, que só um poema as pode elogiar e infelizmente nem para todas a vida pessoal lhes sorriu como deveria... é assim que eu as vejo e as sinto como mulher de coração sensível.
Ouvir as suas vozes é escutar alguém que fala diretamente da alma e do coração, mesmo quando as palavras podem ser ficção.
Foram cantoras pelas quais me apaixonei, pelas vozes, pelas canções, pelas palavras, pelo trabalho magnífico que deixaram na música, muitas delas acumulando o talento de songwriters e intérpretes numa só pessoa.
Para mim, enquanto cantora e artista, é essencial que o que cantamos e escrevemos tenha sempre uma ligação verdadeira com a nossa alma e coração.
Quando ouvimos uma canção, em qualquer língua, há sempre uma mensagem subjacente que nos toca ou não, no coração. Pode ser por experiências de vida que já vivemos, ou simplesmente porque achamos que aquilo que foi escrito é belo, mesmo sem termos passado por isso.
Mas, na vida e no amor, existem sempre pessoas reais que sentem essa dor, que vibra na voz de quem canta.
Formação Artística- Anos 90
Formação artística / Anos 90
Maria frequentou o Conservatório Nacional de Música de Lisboa entre 1994 e 1998, onde estudou canto lírico com a aclamada soprano Mª Cristina de Castro.
Sua curiosidade pela arte levou-a também a explorar o mundo do teatro, onde estudou na Escola de Teatro de Adolfo Gutkin (IFICT - Santiago Alquimista) destacando as aulas de representação com a atriz de teatro; Paula Freitas e, posteriormente, participou no workshop de representação teatral com grupo de teatro experimental brasileiro "Os Satyrus", sob a direção do encenador Rodolfo Garcia Vásquez.
Durante esse período, Maria em parceria com o violonista Luís Branco, compondo a banda sonora da peça "Sapho", representada pelos Satyrus, apresentada no Teatro Ibérico nos anos 90.
Com uma formação artística diversificada, Maria León expressa na sua voz, as experiências e emoções que a moldaram ao longo da sua carreira, oferecendo autenticidade, na procura genuína de cantar com sensibilidade, a poesia e as emoções das palavras escritas em língua portuguesa.